segunda-feira, janeiro 31

Devolve

Devolve os pobres olhos que eu perdi
e que te habitam desde que te vi
Mas que eles já sofreram tal castigo
E tantos danos, tantos enganos, tal rigor
que a dor os fez inúteis, guarda-os contigo

Devolve o coração que foi dado
sem jamais cometer qualquer pecado
porém, se ele contigo já aprendeu como se mata
se maltrata e se tortura uma alma pura
guarda também, esse ex pecado meu

Melhor, devolve olhos e coração
para que eu possa ver tua traição
e possa rir quando chegar a hora
de te ver padecer por alguém que tem
um coração como o que tens agora.

sexta-feira, janeiro 28

Diz que me ama

Fe... me lembro de voce e da Bahia quando leio esse poema.
Porra - serve para tudo (rss) depende da entonação... so vc. Bjsssssss
Juizo ai hem. Te Amoooooooo



Diz que me ama
(J.Michilles)


Diz que me ama
Meu bem, diz que me ama
que esta acesa a chama
la dentro de você

Diz que me ama
Meu bem, diz que me ama
Que faz minha cama
esperando pra me ver
se você não disser
que me ama, agora
eu passo a noite fora
vou amanhecer
subindo a ladeira
descendo a Sé
me banhando na Ribeira
de cachaça e de mulher
Diz que me ama. Porra!

quinta-feira, janeiro 27

Confiante

Homem!
Penetra em mim e sente se te amo tanto
quando minhas palavras tentam exprimir
Arranca de mim os mais escondidos pensamentos
Resolve minha mente
e veja se e capaz de não encontrar
infinitas vezes, o teu nome.
Oh! Tolo e adorado
Você que trás como estigma da masculinidade
a grave desconfiança dos sentimentos
o medo dos beijos falsos
e do amor fugaz
Vem!
Anjo de um céu que só existe em cada encontro,
força do bem e do mal
do amor e do ódio
da alegria e da tristeza
que me embala, me exita e me domina.
A ti entrego a oportunidade da verdade,
que há muito existe desacreditado.
Retalha meu corpo e faz dele
o teu brinquedo favorito
estilhaça meus sentidos e arranca
do meu sexo o desejo maior
e novamente existirá o teu nome
E, assim, será
cada vez maior teu desaponto
tua alegria e teu orgulho
e voltaras ao costume de meus braços
ao hábito do meu corpo
ao som da minha poesia
E, te saudando pelo retorno
de amor e de esperança transbordando
te beijarei e te abraçarei
e cinicamente
fingirei não te amar tanto

quarta-feira, janeiro 26

O legado do amor

Porque não te pude legar nada além da verdade
de que a idade do nosso amor
não seria maior que um só momento
mas que a vida valia por ele
e somente a morte furtaria
a lembrança da breve realidade
que teve tudo para ser um sonho
porque minha poesia não foi
capaz de versos que contassem a dadiva
de tua beleza
e a humilhação das rimas pobres
e do pomo poético
fez nascer em mim a dificuldade da expressão
e o desespero na busca incansavel do verso maior
porque a percepção da simplicidade
caminhava ao longo de teus devaneios
e vinhas acostumada a cenários
dispensáveis a evolução dos gestos e do sentimento
e, tentando buscar a verdade
lançavas o olhar liberto a esmo
quando bastava fecha-los para consumar o encontro
por tudo isso, e tanto mais,
que triste é te ver caminhar por entre as vidas
num desperdício pleno de caricias
aumentando a grandeza do teu nada
Inútil é tua vida, se a verdade do amor não esta presente
e se não tens ciência da saudade
tampouco da euforia de te encontrar.
Inúteis são tuas palavras que entrego
buscando transportar a verdade e o coração
para que a tempo consigas compreender.
Inútil é tentar te levar meu amor
se não tens capacidade para sentir
se não tens conhecimento para sofrer.

terça-feira, janeiro 25

A chegada da noite

Novamente meus olhos, exaustos, recebem a noite
com a tristeza do desencontro dos teus.
Que desespero na procura aflita de teu semblante
sorrindo entre tantos rastros,a todo instante
sem talvez pensar nos olhos meus.
O dia prendeu em seu tempo a eternidade
no envelhecer das horas e no rosário de mim
relegando a espera em inútil caminhada
um enorme crescente de aflição,
um abismo radiado de saudade
A um desanimo profundo enfraquecendo meus gestos
Na ausência absoluta em que existe
com todas essas lembranças que são tuas...
E são tantas, que já não sei, meu Deus, como resisto.
Socorre-me neste momento em que te busco
perdida em algum lugar, onde mais perdida estou
longe mesmo de mim e de quem sou.
Que não sou nada no vazio de meus versos
distantes das mãos, da boca e dos ouvidos
que me ensinastes a conhecer...

segunda-feira, janeiro 24

O peso de um segredo

Perdoa-me se nos caminhos em que nos deparamos
trazendo cada qual o seu destino, os seus enganos
sem interesses, sem malicias , sem desatinos.
Eu nunca fui em verdade toda sua
mas eu te quis e te amei.
E foi tão sincero o sentimento
que a lembrança de teus olhos em meus olhos
embala hoje o existir do meu lamento
Paixão,
visão primeira da promessa do pecado.
Guardo comigo as palavras que te devo,
embora saiba que no receio da angustia
e na força do medo
fiz de mim a confidente
para não te dar o peso de um segredo.
Perdoa não me entregar assim tão plenamente
que não sou dona de mim
sou tão somente, retalhos do pouco que fui.
E, do beijo que nasceu arrefecido
do sentimento sem querer tão controlado
resta o remorso
clamando perdão em teus sentidos
resta a saudade
vivendo sempre em meu passado

sexta-feira, janeiro 21

Um despertar de sorrisos

Se com a aurora do dia existe a tua vinda
e, sozinha com minhas ideias e minhas saudades
a angustia de não te ver assim, me abandonasse
eu transitaria na manha repleta de sorrisos
e a teus pés, humildemente
carregada de remorsos
depositaria um simples ramo de esperança
e uma lagrima a te pedir perdão
......................................................................................
sim, meu amado!
Do nada, consequente de teu inesperado adeus,
vazio de abraços, de lençóis e de caricias
me abandonei ao sabor do tempo
e as horas castigaram meu espirito
e minha vida desperdicei em busca do infinito
com a certeza de ter perdido a essência dos porquês
E sofri, e chorei !
Tuas caricias ainda em sensações em meu corpo
e meus ouvidos guardaram o eco de teus sussurros
e eles martirizaram todo o meu ser
Castigando minha mente
e agravando a saudade a te lembrar
sorrindo ou chorando
porem sempre a distancia de minha poesia
que louca... tremula de vida
incansável ficou a clamar em versos de piedade
..............................................................................................
Por isso, amado
te suplico, pelos versos que compus
no silencio de teus sorrisos
pela dor do amor que, ferido, tenta resistir
e que mais resistindo, mais alto entende de saudade
o teu único perdão, a tua volta
para que meus braços se fechem sem abraçar o tédio
sem apertar tão forte meu próprio coração.

quinta-feira, janeiro 20

O dom maior - Amor !

Irmãos, se eu falar todas as línguas
de céu e da terra, mas não tiver amor,
serei como um metal que soa
ou como um sino que toca

Se eu fosse profeta e conhecesse
todos os mistérios e toda a ciência de Deus,
se eu tivesse toda fé que é capaz de mover montanhas,
mas não tivesse amor, nada seria

Eu poderia distribuir toda
a minha fortuna entre os pobres
eu poderia me deixar queimar vivo
se não tivesse amor, de nada me serviria

O amor é paciente, é prestativo
O amor não é invejoso, não se agradece, e não é orgulhoso
O amor faz o que convém
pois não se preocupa com seus próprios interesses
Não se irrita, não leva em conta o mal

O amor não se conforma com a injustiça
mas fica alegre com a verdade
O amor desculpa tudo, acredita em tudo
O AMOR VERDADEIRO NUNCA TERÁ FIM!

quarta-feira, janeiro 19

Gesto do descaso



Perdoa este meu gesto de descaso
fantasia de que caminho alem
da doce armadilha de teus braços.
Meditando no corpo de outros homens
que nunca foram meus.
Compreende este sorriso de ironia
que me encoberta do medo e da fraqueza
mas que acelera o desejo e o desespero
de ter você tao perto
e fingir que não te vejo.
Sinto a incomensurável luta em que existe
diante de que já não me possuo
e insistindo em uma vez te possuir.
Te amei de repente, e assim te amo
E tantas vezes outro nome chamo
tantas vezes tu pareces vir.

terça-feira, janeiro 18

Vem rapaz!!!



Vem, rapaz, eu te quero
há na minha frase
a angustia e o desespero da afirmação
mas a verdade ainda prevalece.
Vem rapaz,
despojado das tuas aflições e do receio
que em ti o passado plantou
liberta-me, não temas.
O tempo não aguarda pensamentos,
ha um destino implacável nos momentos
caminhando, jovens nas alvoradas
e envelhecendo talvez antes do tempo.
Vem, rapaz
em verdade
me deste a tua mão invisível
nas formas diversas de teus gestos delicados.

segunda-feira, janeiro 17

O despertar do remorso


É sempre triste o despertar para o remorso
sabendo-se plantados tantas injustiças
sem o poder e a intenção da semeadura.
Infeliz da alma que premedita a entrega
da magoa ao desprevenido, porque a razão
e o tempo instável trazem em seu beijo o
arrependimento em desespero.
Que o remorso é maior quando clama
o perdão, e a grandeza no sincero entender
de quem perdoa.
Muito mais triste é o amanhecer para o
lamento, tendo na mente a base e o segmento
das mentiras que em verdade se prega.
Ah! este universo, povoado de remorsos.

sexta-feira, janeiro 14

Vida Breve





Perdoa se te amei assim tão bruscamente
fugindo inconsciente
da maneira em que te acostumei
Eu necessitei tanto o teu perdão, meu amor
que por vezes temo que a virtude de teu gesto
tão ansiosamente esperado
encontre, ao existir, a tragedia da demora,
na angustia louca que vivi a te implorar.
Jamais em teu corpo tive vida tão breve,
e teus lábios pasmaram abismados
ante a ausência do beijo
e tuas mãos bailaram no tempo
ao som da melodia triste
dos desencontros e dos pecados
em constante desencontro.
Minha voz tão rouca
que quase adormecia teus sentidos
sussurrou no vazio
a magoa imensa da falta de versos.
Que amor estranho tivemos naquela noite
em que não haveria amor para se amar.
Perdoa se te amei assim tão bruscamente,
procurando-te avida e curiosamente
sabendo hoje
em que nos velhos caminhos já me encontrei
o quanto de ti, me separei.
Tu bem sabes meu amor, que a ventura da poesia não
me fez assim, mas naquela noite em que não havia amor
para se amar, eu caminhava exausta, uma distancia
enorme de mim...

quinta-feira, janeiro 13

Tanto - nada

Teu nome eu sei
mas já não digo
que a saudade e a vaidade
vão coroar os teus sentidos
e fazer de tanto
um simples nada
Tua beleza eu vejo
mas já não sinto mais nada
Que o desejo
vai corroer os meus sentidos
de quase nada

quarta-feira, janeiro 12

Poema para reconciliação

Eu tentei suportar tua saudade
mas ela foi imensa...
bem mais que toda minha compreensão
eu preciso urgentemente ver-te
Carrego um corpo cansado pela espera
as maos repletas de caricias
a mente inteira de lembranças
Por favor, volte pra mim
da-me pousada nos teus braços...
Sou fraca demais em matéria de saudade

terça-feira, janeiro 11

O retorno dos gestos

Há um abraço antigo para te dar de novo
Um punhado de saudade que não consegui esquecer pelos amores,
e tantas foram as promessas
e foram tantos os sonhos que vivi
que a compreensão torna difícil a duvida
ficando eu sem saber como então não te esqueci.
Vem buscar este desejo envelhecido
na caminhada dos olhos pelo nada
buscando em tantas noites a alvorada
fingindo não saber qual o porque
Ingenua fui... ingenua sou
mas que vontade louca existe em mim de
descansar em teu corpo meu espirito
a avida de afeto e de desejo
retornar o meu beijo em tua boca

sexta-feira, janeiro 7

Sem medo e sem remorso

Poder possuir-te sem medo e sem remorso
portando apenas o segredo e o mistério de um amor tão grande e tão difícil.
Entregar- me desprovida das consequências e das malicias
O meu coração infantil, depositando em teu tempo de amante
mesmo sabendo que no espaço da vida teria a dimensão de um instante
Mas que na saudade e na lembrança ficariam eterno...
Caminha meu amor, dono da minha angustia e dos meus dilemas
Peregrina na estrada escura de meus desejos e meus problemas,
responsável primeiro pela minha ansiedade e por meu desespero
Vem,
o verso é da poetisa, mas o desejo é da mulher
não há trégua em minha saudade
que se fez imensa na ausência de tua imagem
alvorada de versos esquecidos
realidade confusa de meus sonhos
Ah! linda criatura,
infeliz da circunstancia que o tornam impuro
Dentre tanto amor e carinho, poder possuir-te
sem medo e sem remorso, portando apenas o segredo e o
mistério deste amor.

quinta-feira, janeiro 6

Caminhos

Os caminhos da vida não levam a nada
se o amor não se interpõe em nossos passos.
Os passos pela vida não são tão exaustivos
se um sorriso de criança atravessa nosso cansaço.
Os cansaços pela vida não abatem nosso animo
se fulguram no horizonte
os furtos da vitória
ainda que não caibam a nós
mas sim, a nossos filhos
Há uma dadiva enorme
em se possuir caminhos, amor,
passos e sorrisos

quarta-feira, janeiro 5

A desesperada busca do Amor...

Perdoa meus gestos inexatos
e minha tímida maneira de existir
a teu lado
Perdoa a boca que tanto demorou
a colar-se a sua
numa mistura de medo e de cuidado
Perdoa a calma aparente de meus braços
iludindo a ânsia de te abraçar
e amparar em meu corpo teus cansaços
Perdoa as mãos que se perderam
do controle acostumado
aflitas na busca de teu corpo
e preocupadas em errar pelos espaços
Perdoa por tudo que me possa perdoar
e se esse perdão for tao grande como suponho
perdoa por te amar
perdoa por este meu sonho...

terça-feira, janeiro 4

Voce...

Pra que chorar se não haverá retorno?
Pra que sorrir se não haverá mais graça?
Pra que gritar se ninguém vai me ouvir?
Como falar te amo, se minha voz perdeu o encanto?
Como sorrir, se minha alegria amargurou-se nos palcos iluminados?
Como chorar por você, se foi você que me ensinou a sorrir?
Como te odiar, se a partir do momento que te conheci só te amei?
Como te olhar, se foi num olhar que você se foi?
Como te abraçar, se foi tentando te abraçar que você se despediu?
Como te beijar, se foi pensando em te beijar que meus lábios fizeram o meu coração calar?
Como te esquecer, se pensando em te esquecer penso em você?
Como tentar não te amar, se foi tentando te odiar que te amei?
Como viver, se você faz parte de mim?
Pra que tudo agora, se não adianta?
Pra que tanto, se estou sem nada?
Pra que alegria, se não sei mais ser alegre?
Pra que a tristeza, se a muito estou triste?
Pra que tudo isso, se só me traz sofrimento?
Sei que é difícil carregar um sorriso nos lábios, se ha tantas lagrimas rolando em meu rosto.
Sei que é difícil calar se ha tanta coisa pra dizer
Sei que é solitário reservar um sentimento, se ha tanto amor pra dar
É bom dizer que com você fui FELIZ
Mas é triste dizer que não posso te amar mais
É bom dizer que você me ensinou a viver
Mas é triste dizer que sem você amor, aprendo a morrer
Não adianta mais, sei que te perdi
e te perdendo, perco mais que sou.
Não adianta mais eu dizer que te amei e que te amo, se tudo acabou.
Pra que continuar te amando se você não me quer mais?
Pra que pensar em você, se as lagrimas não trarão você de volta?
Pra que te amei tanto?
Por que fui feliz com você?
Tantas perguntas e sem você para responde-las
Tantas duvidas e sem você para esclarece-las
Tantas tristezas e sem você para ameniza-las
Tanto amor e sem você para recebe-lo
Tantos caminhos cruzados, tantos olhares perdidos
Tantos com amor e tantos sem recebe-los
Somos como dois amantes despidos, como das vozes emudecidas
dois olhares apaixonados que se cruzam e acompanhados de uma lagrima triste e feia disseram-se
ADEUS...
Por tudo...
Por tudo que ha de mais sublime
Por tudo que há de mais belo
Pela nossa felicidade, pelo nosso amor
Por você... Por uma vida que pode ser destruída
Por mim... te peço

VOLTE... FIQUE E ME AME DE
ALMA A ALMA E
DE CORPO A CORPO

segunda-feira, janeiro 3

Passagem do Ano

O ultimo dia do ano
não é o ultimo dia do tempo
Outros dias virão
e novas coxas e ventres comunicarão o calor da vida
Beijarás bocas, rasgaras papeis
faras viagens e tantas celebrações
de aniversario, formatura, promoções, glorias
mortes com sinfonias e corais,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor
os inseparáveis uivos
do lobo, na solidão.
O ultimo dia do tempo
não é o ultimo dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrario
uma mulher e seu pé
um corpo e sua memória
um olho e seu brilho
uma voz e seu eco
e quem sabe até se Deus...
recebe com simplicidade este presente do acaso
Mereces viver mais um ano
Desejarás viver sempre e esgotar a barra dos seculos
teu pai morreu, teu avo também
Em ti mesmo muita coisa já expirou outros
respeitam a morte
mas estas vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
espera o amanhecer
O recurso de se embriagar
O recurso da dança e do grito
O recurso da bola colorida
O recurso da poesia
todos eles... e nenhum resolve
surge o amanha de um novo ano
As coisas estão limpas, ordenadas
O corpo gasto renova-se em espuma
todos os sentidos em alerta funcionam
A boca esta entupida de vida
A vida escorre da boca
lambuza as mãos, a calçada
A vida é gorda, oleosa, mortal !!!!!

Carlos Drumond de Andrade