terça-feira, janeiro 25

A chegada da noite

Novamente meus olhos, exaustos, recebem a noite
com a tristeza do desencontro dos teus.
Que desespero na procura aflita de teu semblante
sorrindo entre tantos rastros,a todo instante
sem talvez pensar nos olhos meus.
O dia prendeu em seu tempo a eternidade
no envelhecer das horas e no rosário de mim
relegando a espera em inútil caminhada
um enorme crescente de aflição,
um abismo radiado de saudade
A um desanimo profundo enfraquecendo meus gestos
Na ausência absoluta em que existe
com todas essas lembranças que são tuas...
E são tantas, que já não sei, meu Deus, como resisto.
Socorre-me neste momento em que te busco
perdida em algum lugar, onde mais perdida estou
longe mesmo de mim e de quem sou.
Que não sou nada no vazio de meus versos
distantes das mãos, da boca e dos ouvidos
que me ensinastes a conhecer...

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