quinta-feira, janeiro 26

Dor

Da dor que me vai ao peito, só eu sei.
Do que me dói deste jeito, das magoas.
Por que passei.

Das tristezas do abandono, dos males,
Da incompreensão, da amargura, da calunia,
Das marcas da ingratidão.

Do bem pelo mal trocado, de tudo o que fiz ou sou.
Do que disseram, ao lado,
Do cascalho que restou.

Do desconsolo da vida só eu sei.
Da amargura, da ferida, de tudo o que suportei...

Do rio que leva as folhas, do vento que varre tudo,
Da água que me roubaram,
Do choro que ficou mudo.

Das incertezas, dos enganos, de todos,
De tudo enfim, colhi o meu desengano,
E recolhi o meu fim.

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