Pode esquecer-te sem o medo das recordações
a agravar eternamente os meus sentidos
no segundo trágico em que nasce o adeus.
Não permitir ao coração o sofrimento,
ao abraçar o vazio do teu nada,
no nada que serei nesse momento.
Esquecer-te somente, nada mais.
Além da simples despedida.
Mas como esquecer-te o que é parte de mim
se louca fui enfim,
ao amar-te tanto, e pensando tanto em ser amada,
releguei-te meus passos e caminhos
e caminhamos uma vida lado a lado.
Que desespero aflora em minha mente,
febril, aflita e surpresa,
sentindo que a suposta imagem que nascia
lentamente foi crescendo,
na certeza de que te vais,
de que te perco,
de que me entregas a mais triste
de todas as solidões.
Por que entreguei-te tanto a minha vida
e fingiste tanto entregar-me amor?
Que só agora que te vais, que é a despedida,
sinto que nunca soubestes o que é DOR..
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