quinta-feira, agosto 26

O absoluto de sua ausência

Minha voz caminhou pelo espaço,
chocou-se com as nuvens,
esbarrou nas estrelas,
e se estilhaçou de encontro ao Sol.
A saudade continuou habitando meu tempo
e angustiando meu espirito.
Nada existiu, então, contrastando
com o desespero e com a ausência.
Teu corpo balançava em minha mente
tão confusa, tão doente.
Eu já não vivia em mim...
No entanto, era como se existisse em meu destino
a certeza fatal de um novo encontro.
E no corpo da noite, o negro de teus cabelos
estava ao sabor de um vento que eu não sentia.
A noite estava fria, terrivelmente fria,
e eu caminhava em vão pelas horas e pelos dias,
levando o absoluto de tua ausência.

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