Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado
no lábios, a volúpia ardente do teu beijo
no quarto em solidão, desnudo,
ainda te vejo, a olhar-me com olhar
nervoso e apaixonado...
Partis-te !... Mas no peito eu sinto a
ânsia e o latejo daquele ultimo abraço
inquieto e demorado...
Na quentura do espaço a transpirar
pecado, ainda baila a figura estranha
do desejo...
Não posso mais viver sem ter-te nos meus
braços! Quando longe tu estás, minha
alma se alvoroça julgando ouvir no
quarto o ruído dos teus passos...
Na lembrança revejo os momentos felizes,
e chego a acreditar que a minha carne
moça na tua carne moça até criou raízes...
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