Persegui-o com as mãos, como a criança o brinquedo
Era um sonho, era mais: a alegria que chega,
o prazer que nos toma e nos deixa inebriados,
atirando à corrente, num gesto, os sentidos...
Ah! Povoou minhas noites de sono sem pálpebras,
lançava entre as estrelas na distancia, via-o!
Meu destino! pensei, eis o amor! É esse sangue
que me queima por dentro e me agita: eis o amor!
E alcancei-o! Eis o mar ao redor atordoante!
Nos meus braços em concha era como uma perola
escondida, o mistério do oceano a guardar...
E de repente, é estranho! Este vazio, esta ânsia!
Como a posse do amor está longe do amor
e o rumor que há na concha... está longe do mar.
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