Naquela noite, como chovia!!!
me lembro de que a chuva caia
la fora
sem parar...
e seu surdo rumor ate parecia
um sussurro de quem chora
ou uma cantiga de embalar...
Me lembro que tu chegaste
inquieto, ansioso,
mas logo me aconchegastes
em teus braços quietinha...
(... enroladinha como uma gatinha)
E eu quase não sabia o que fazer:
se de encontro ao teu peito me deixava adormecer...
ou se me mantinha acordada para te pertencer.
Me lembro que chovia, chovia sem parar
E que a chuva caia a turvar as vidraças
anoitecendo o quarto em teus braços...
Me lembro que me sentia
aconchegada em teus braços
Me lembro de que chovia...
E de que era bom porque chovia,
porque você estava ali e porque eu te queria...
Sim, me lembro que tudo era bom,
e que a chuva caia... caia... caia
monótona, sem parar
naquele mesmo tom.
Naquela tarde, meu amor, como chovia!
Agora quando longe de ti, nem sou mais eu
em minha melancolia,
não posso mais a ouvir a chuva cair
sem ficar a me lembrar de tudo o que aconteceu
naquele dia...
Naquele dia...
enquanto chovia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário